Os artistas recorreram à ironia para elaborar uma crítica ao excesso de consumismo, estetizando os produtos massificados. Usavam a ironia para criticar a sociedade consumista da época, enfatizando produtos de alto consumo, como garrafas de Coca-Cola e as sopas Campbell. Eles se inspiravam nesses objetos e mantinham com eles uma relação dual: a sua arte traduzia certa adoração, mas também a perda do sujeito e da relação humana na contemplação artística.
As obras eram geralmente feitas com desenhos simplificados e cores saturadas, representando objetos comuns do dia a dia, como latas de refrigerante, embalagens de alimentos, histórias em quadrinhos, bandeiras, panfletos de propagandas e outros objetos. A técnica de repetir várias vezes um mesmo objeto (simulando o trabalho mecanizado), com cores diferentes e a colagem foram muito utilizadas.
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“O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?”, colagem de Richard Hamilton, 1956. |
Andy Warhol
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Andy Warhol, "Marilyn Diptych", 1962. |

Suas obras se particularizam pelo uso original da cor brilhante, de materiais industriais e pelo exagero do efeito de simultaneidade (como na repetição das latas de Campbell e das imagens de Marilyn). A multiplicação das imagens enfatiza a ideia de impessoalidade e também o efeito decorativo. O artista também criou obras para estampar a capa de discos de diversas bandas, como os Rolling Stones.
Roy Lichtenstein
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Roy Lichtenstein, "Whaam!" , 1963. |
Outro artista americano, Claes Oldenburg, desenvolvia ampliações tridimensionais de objetos do cotidiano em grandes proporções. Ele ampliava os mais variados objetos em escalas colossais. As esculturas moles de Oldenburg estão dentre os seus trabalhos mais procurados.

Pop Art no Brasil
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Claudio Tozzi, "Cérebro". |
Nessa obra de Claudio Tozzi, por exemplo, podemos observar um cérebro com um parafuso no centro. O parafuso está fazendo uma metáfora em relação à repressão existente na ditadura, uma época na qual os pensamentos não podiam correr de forma tão livre quanto hoje.
Richard Hamilton, "Just what is it that makes today's homes so different, so appealing?, 1956. Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=4161528
Andy Warhol, "Marilyn Diptych", 1962. Fair Use.
Andy Warhol, "Campbell's Soup I", 1968.Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=4268566
Claes Oldenburg, "Shutllecocks".
Claudio Tozzi, "Cérebro".
Imagens
Roy Lichtenstein, "Whaam!" , 1963. Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=5673474Richard Hamilton, "Just what is it that makes today's homes so different, so appealing?, 1956. Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=4161528
Andy Warhol, "Marilyn Diptych", 1962. Fair Use.
Andy Warhol, "Campbell's Soup I", 1968.Fair use, https://en.wikipedia.org/w/index.php?curid=4268566
Claes Oldenburg, "Shutllecocks".
Claudio Tozzi, "Cérebro".
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