A Inconfidência Mineira


A inconfidência mineira foi uma conspiração que ocorreu em 1789, em Minas Gerais. Ela foi um movimento formado pela elite mineira com os objetivos de libertar a capitania dos domínios de Portugal, proclamar a república em Minas Gerais, além de implantar indústrias na região e criar uma universidade em Vila Rica. Entre seus ideais, não estava a abolição da escravidão, pois os inconfidentes, geralmente, eram donos de escravos.

Durante a primeira metade do séc. XVIII, foram extraídas enormes quantidades de ouro das jazidas de Minas Gerais. Mas, o ouro começou a se tornar cada vez mais raro. O movimento surgiu após a capitania não conseguir atingir as 100 arrobas de ouro devidas como imposto a Portugal. A inquietação da população mineira, sobretudo entre os mais ricos, era grande, pois temiam perder suas riquezas com as medidas que o governo iria tomar.

A partir desse momento, um grupo de pessoas da elite começou a conspirar contra o domínio de Portugal. Nascia a Inconfidência Mineira. Eles planejavam matar o governador e tomar o poder na capitania.

Em março de 1789, o governador convocou vários devedores para quitar suas dívidas com o reino. Alguns deles eram inconfidentes e revelaram a conspiração em troca do perdão de suas dívidas, entre eles, Joaquim Silvério dos Reis, o mais conhecido dos delatores.

Com a delação, todos os conspiradores foram detidos, dando início a um processo chamado devassa. Eram ao todo 34 presos, acusados de traição ao rei, crime que geralmente era punido com morte.

O processo durou dois anos e os acusados foram transferidos para uma prisão no Rio até a sentença final ser declarada. O poeta Cláudio Manoel morreu na prisão, ainda em Vila Rica. Finalmente, em abril de 1792 foi anunciada a sentença dos réus, onde onze deles foram condenados a morte. Mais tarde, todas as sentenças foram alteradas, exceto a de Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, o mais pobre e o único que foi executado. Os demais presos, por pertencerem à elite, foram libertados ou levados para a África.


Imagem: "Antônio Parreiras - Jornada dos Mártires" por Antônio Parreiras - Scan: MAPRO/Safra catalogue (2006). Licenciado sob domínio público.

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